Precisamos falar: Retorno às aulas no estado de São Paulo em meio a pandemia.

De acordo com o plano criado pelo governo do estado de São Paulo, há 13,3 milhões de alunos no estado nas redes públicas e privadas de todos os níveis escolares.

Na etapa 1, seria até 35 porcento da capacidade física da unidade escolar, a ideia é preservar o distanciamento de 1,5 metro de distância entre os alunos, e

podendo haver revezamento de alunos, mais ou menos como em outros países que aderiram ao retorno. Nas etapas 2 e 3 haveria aumento da porcentagem de unidades

escolares de 70 porcento e 100 porcento respectivamente. De acordo com o plano também o retorno se dará as regiões conforme os indicadores de saúde do Plano SP que é o plano de reabertura do governo, sendo assim, a região pode suspender a reabertura se a região do plano ter aumento de casos.

Na França e na Coreia do Sul algumas escolas tiveram que voltar a fechar devido aumento de casos de Covid-19. Seguindo o plano, o retorno das aulas está previsto para o dia 8 de Setembro de 2020, numa terça-feira.

No protocolo geral de volta às aulas presenciais ficaram estabelecidos o distanciamento social, higiene pessoal, sanitização dos ambientes, comunicação sobre os procedimentos

e monitoramento, mas este último não há uma informação de como esse monitoramento seria feito, se com testes, e caso houvessem esses teste de quanto em quanto tempo. Ainda na parte do monitoramento diz que a permanência de alguém que estiver apresentando os sintomas não será permitida.

Profissionais que estão no grupo de risco deverão ficar em casa e realizar as atividades remotamente, também é dito que haverá uma sala para isolar pessoas que apresentarem os sintomas antes de voltarem para casa.

O plano de retorno foi inspirado em outros países que já realizaram a reabertura das escolas e formulado conjuntamente com entidades do estado, municipais, universidades

públicas e instituições privadas.

Sobre as experiências de outros países, houveram e ainda há muitas críticas ao retorno, apesar de haver aqueles que defendem o retorno se baseando na evasão escolar, no retorno dos pais ao trabalho, na questão emocional das crianças e dos jovens, as críticas vem da comunidade científica que considera o retorno precoce demais e que isso acarretaria um aumento de casos devido a interação dessas crianças com outros alunos e familiares. Na Coreia do Sul, inclusive, houve um debate de vários país que não consideravam que seria produtivo mandar o filho pra escola, pois por causa do retorno escalonado, alguns alunos iriam para escola somente uma ou duas vezes por semana e isso não seria produtivo, e, não compensaria o risco de se infectar com o vírus. Na Dinamarca houve alguns protestos de pais contra o retorno das aulas.

Outro aspecto sobre as críticas ao retorno às aulas vindas agora da comunidade científica, é referente ao retorno das aulas na Espanha, que está ou estava prevista para setembro, um estudo realizado pela Universidade de Granada, demonstrou que um retorno sem as devidas precauções poderia causar aumento de casos. Segundo o estudo, uma sala de 20 alunos teria uma interação com um grupo de 808 pessoas se não houver o uso de máscaras como foi sugerido pela ministra da educação espanhola Isabel Celaá, ela disse que o governo não considerava necessário o uso de máscaras e distanciamento nos primeiros quatro anos do ensino fundamental, mas o estudo mostrou diferente.

Além disso, há o receio aqui no Brasil que esse retorno seja prematuro demais e que essas crianças possam trazer o vírus para dentro de casa, também há uma preocupação

com a saúde dos professores que ficariam correndo o risco de infecção pelo novo Corona vírus.

Também não podemos nos esquecer que apesar de as crianças terem menos riscos de contraírem consequências graves da doença, esse risco não é nulo, e devido ao grande número de infectados no Brasil, já tivemos notícias de crianças que morreram devido à Covid-19.

Crédito da imagem: Bob_Dmyt em pixabay.

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